De identidade famosa, Brasil, o país do futebol, atravessa metade do milênio. Há quinhentos anos, quem pisava em nossas terras eram os colonos portugueses, membros de uma elite que desde já explorava a população para garantir certos privilégios.
Foi somente com a independência de 1822 que nasceram os verdadeiros brasileiros e quando o país começou a desenvolver sua personalidade. Apesar de nova, essa personalidade era bem familiar: a elite portuguesa fora substituída por outra elite, a brasileira, e persiste até os dias de hoje.
Os membros desse grupo seleto, como os grandes fazendeiros da cana de açúcar e da soja, grandes empresários, ministros, senadores, trabalharam arduamente para manter o status quo e manter o nosso país, de privilegiados e desfavorecidos. A imensa parcela de desfavorecidos é submetida a condições de de vida muito inferiores às da classe alta para que o controle da população seja garantido.
É esse o Brasil que fez aniversário e comemorou as desigualdades. "Somos uma nação pobre em sua generalidade, onde a distribuição de dinheiro é viciosa" (Sílvio Romero - História da literatira brasileira). Continuaremos assim até quando?
Infelizmente, o Brasil é constantemente leiloado e junto se leva o povo explorado. O povo... não tem voz como Fabiano de Vidas secas. Aqui, a voz do povo nunca foi a voz de Deus. Lá se vão quinhentos anos...